
Tudo muda sua própria qualidade no momento em que o meditador o toca. Digo isso por experiência própria. Nunca cito as Escrituras, a menos que algo surja de minha própria experiência. Durante estes 32 anos ou mais, desfruto a comida como nunca havia desfrutado antes. Desde a iluminação, tenho desfrutado de tudo tão profundamente, tão intensamente, que sinto pena de toda a humanidade. Ela também se alimenta, mas continua fazendo muitas outras coisas em sua mente enquanto as bocas estão mastigando. As mentes estão engajadas – como podem realmente saborear o gosto?
Depois da iluminação, quando você está comendo está simplesmente comendo. Você não existe, existe apenas o processo de comer. Então o comer se torna exatamente igual à pintura, quando o pintor não existe, apenas a pintura. Torna-se igual a dançar, quando o dançarino desaparece na dança. Quero deixar claro que não são apenas os pintores, dançarinos e cantores que têm a prerrogativa de desfrutar da vida. Este é um direito nato de todo mundo – não tem nada a ver com talentos especiais. Cozinhar pode ser uma alegria, limpar a casa pode ser uma alegria. É tudo a mesma coisa. O que você está fazendo não é o importante; o fazedor deve estar dissolvido no fazer, você não deve permanecer separado do fazer. Se você está separado, então é claro que vai ser um grande tédio.
Para um meditador, tudo é belo. Ele vive a vida em sua abundância. Eu lhe digo que só a pessoa iluminada pode viver com luxo. Se ela tem ou não coisas luxuosas à sua volta não importa. Ela tem alguma mudança interna. Sua visão, sua atitude, sua maneira de encarar as coisas são totalmente diferentes da média dos homens ou das mulheres.
(Osho)